Ler sobre dança, adquirir novas informações e conhecimentos é legal, é importante e produzir conteúdo relevante para quem gosta de dança do ventre é o que tenho procurado fazer aqui nesse blog. Mas às vezes a gente também quer desfrutar de um conteúdo mais leve e de uma forma mais passiva... Assistir vídeos, basicamente. Então o post de hoje tem uma proposta um pouco diferente: vamos falar da (e assistir a) arte feita em casa durante a quarentena.
A essa altura você já deve saber que ficar em casa não tem nada a ver com não trabalhar; esse mito provou ser exatamente o oposto: ficar em casa durante o período de isolamento, significa trabalhar ainda mais. É aula, é produção de conteúdo, é vídeo, é foto etc. Esse blog mesmo que você está lendo, nasceu durante esse período. Além das aulas, das turmas que foram adaptadas para o formato on-line, a produção artística da dança também se adaptou. Embora os teatros e demais espaços onde antes os artistas se apresentavam continuem fechados, bailarinas e bailarinos passaram a explorar e descobrir as possibilidades desse novo espaço cênico, a própria casa, além dos recursos que o audiovisual possibilita para a criação de uma dança. Dito isso, gostaria de apresentar, para quem ainda não viu, alguns dos trabalhos artísticos que produzi em casa durante esse período de isolamento.
Improviso #emcasa
Começando pelo mais “simples”, digamos assim, essa apresentação gravada em um único take é uma apresentação tradicional de um improviso de dança do ventre. Durante os meses de junho e julho eu fiz diversos posts nas redes sociais dando dicas para treinar o improviso. Essa série de dicas também pode ser vista no post 6 dicas para improvisar na dança do ventre e deu origem a uma live que realizei junto com minha colega Janine Marques, que chamamos de #DesafioDoImproviso e você também pode conferir o vídeo completo aqui:
Mídias, Hiper-realidade, Metalinguagem
Essa é uma apresentação solo de dança do ventre moderna. A ideia aqui era dar um ar contemporâneo à dança trabalhando com esses temas: as mídias, em diferentes formas, suportes e linguagens; a metalinguagem, que perpassa toda a performance que consiste em um vídeo de dança o qual conversa diretamente com outros vídeos de dança dentro da perfomance; e a hiper-realidade, conceito da filosofia contemporânea em que se confunde a realidade com a fantasia e pode ser discutida hoje com as representações de realidade expostas nas redes sociais. Um dos objetivos aqui era passar aquela ideia de “inception”, de um vídeo dentro de outro vídeo e produzir uma leve confusão na cabeça do espectador; para isso, gravamos praticamente a mesma dança em 2 camadas: a primeira, que aparece nas telas de tv, computador e celular e a segunda que mostra ora a dança e ora as telas reproduzindo a primeira camada.
Elementos da Natureza
Existe uma linha terapêutica e mais holística dentro da dança, em que associamos os elementos da natureza aos movimentos da dança do ventre. Desse modo, podemos trabalhar os conceitos de cada elemento adicionando características a nossa dança, para ter uma performance mais expressiva e em equilíbrio. Essa coreografia em grupo foi realizada com as alunas da turma de aprofundamento em Dança do Ventre da Escola Al-Málgama e foi apresentada originalmente na Mostra de Dança on-line: Al-málgama em Casa.
BELLYDARK – releitura Dark + Bellydance
Em junho, tivemos a estreia da terceira e última temporada da série Dark, uma das minhas séries favoritas. Para aproveitar o clima e a empolgação da série, gravamos alguns fragmentos e aproveitamos alguns outros vídeos antigos para montar esse experimento de videodança que é a minha versão de dança do ventre para a linda vinheta de abertura de Dark. O resultado ficou bem psicodélico e eu adorei!
Hatred Aside - Sepultura
E para finalizar, uma performance de fusão de dança do ventre com heavy metal (bellymetal). Sim, para quem não sabe eu gosto bastante de heavy metal, desde uma balada hard rock até o metal extremo. Nesse vídeo eu danço uma nova versão da música Hatred Aside, da banda brasileira Sepultura; essa versão contou com a participação especial das vocalistas Fernanda Lira, Angélica Burns e Mayara Puertas, e está disponível no canal oficial da banda no youtube. Para esse vídeo, eu gravei 2 improvisos com essa música e na edição duplicamos e espelhamos um deles e colocamos o outro no meio. O resultado parece uma coreografia de trio.
Todos os vídeos foram editados pelo Leo Ferreira 💕
E é isso, pessoal! Se você leu até aqui, muito obrigada! Espero que você tenha gostado desse post e desses novos trabalhos realizados em casa durante a quarentena. Se você gostou dos vídeos e dos comentários sobre eles, então compartilha o post para ajudar as colegas. Quem sabe essas ideias sirvam de referência para outras bailarinas e as inspirem a criar com esses recursos também, não é? Sinta-se à vontade para comentar o que você achou do que viu ou leu aqui, qual vídeo você mais gostou, se você curte esses novos formatos de apresentações etc.
Se tiver interesse em começar as aulas de dança do ventre, acesse a página Aulas do site, ou entre em contato para saber à respeito das turmas, horários e valores.
Aproveite a oportunidade para entrar na nova turma on-line de dança do ventre para iniciantes.
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